Esse tal rock gaúcho - Parte 2
O que chamam MPB? Aliás, o que é MPB? Talvez meio algo tipo: o que não é uma coisa específica, e que é feita por músicos brasileiros, é MPB. Bem, nisso, daqui a pouco até aquela Sandy é MPB. Enfim... Mas uma coisa antiteticamente assaz interessante é que pra ser MPB não pode ser popular. Paradoxos à parte, a Música Popular Brasileira é gênero, movimento ou apenas a denominação do inclassificável? Bem, o tal rock gaúcho, ao menos, é rock. Mas o diálogo forte que pode ser percebido entre uma coisa é outra se exaure no seguinte: se existe MPB, por que não haveria de existir o Rock Gaúcho? É que se ambos não podem efetivamente serem considerados gêneros (ou subgênero, no caso do rock gaúcho) musicas, por carecerem de atributos estético-musicais capazes de lhes atribuírem esse status, ao menos, quanto à MPB, quase nunca se coloca em questionamento a sua existência ou não. Por outro lado, o rock gaúcho, muito mais associado a quesitos territoriais que estéticos, é tão questionado por tantos que fico pensado: faz alguma diferença? Quer dizer: se a MPB não é gênero, assim como se supõe que o rock gaúcho não seja, onde está a impropriedade? Seria petulância demasiada dizer que o Rock Gaúcho existe tanto quanto a MPB? Oh, Deus, preciso de paciência, calma, coerência e força. E vou fumar.