terça-feira, 31 de maio de 2011

QUASE ESCATOLOGIAS

@lord_myron

Ele ficou verdadeiramente surpreso: “Ué! Nunca arrotou?!?!?!” Ela teve raiva: “Ora, claro não!!!!” Ele riu: “Como não?!?!?!” Ela teve mais raiva ainda: “Como assim ‘como não?’?” Ele foi insistente: “Ué! Como nunca arrotou?!?!?!?!”

Houve um silêncio breve.

Então ela disse: “Tu é nojento!”

Outra pausa - e ele disse, com um ar angelical de vítima:

“Por quê?” Ela não quis responder, mas ele prosseguiu, simulando indignação:
“Eu sou nojento porque eu peido??? É isso???” Nauseada, ela respondeu:“Também!!! Mas não só!!! É que parece que tu tem prazer em falar nessas coisas sem sentido...”
Ele deu uma gargalhada: “Pelo jeito, pra ti, cagar deve ser pior que matar uma pessoa!”
Ela arregalou os olhos: “Credo!!!” Ele foi além e, com uma espécie de felicidade serena de quem tem o prazer de contar uma boa história, disse: “Uma vez, vomitei num amigo!” Ela pôs as mãos nos ouvidos: “Não quero saber, não quero saber!!!!”, disse revoltada. Ele foi detalhista: “Foi um vômito puro... limpo... líquido... sem coágolos.”
Ela gritou: “Cheeegaaa!!!!” Mas ele seguiu, agora com uma revolta menos cínica: “Não entendo como tu consegue trepar sendo desse jeito!” Ela ficou indignada: “Tu é nojento – e vulgar!” Com a tranquilidade de quem tem razão, ele replicou: “Mas é verdade!!!!”

Houve uma pausa rápida, e ele, como que numa justificativa da sua própria linha de raciocínio, prosseguiu:

“Se o orgasmo fosse um espirro, a porra seria o ranho que jorra do pau.” Ela tentou ser incisiva, enérgica, drástica: “Cala essa boca!” Mas ele estava bem disposto naquela manhã de abril: “Como tu faz quando menstrua?” Vendo que a tática de ser mais agressiva não havia funcionado, resolveu ser dramática, quase suplicante: “Por favor!, vamos mudar de assunto! Pelo amor de Deus!!!” Ele se fez de bobo: “Ué! Por quê?” Ela foi conclusiva: “Tu é doente.” Ele fez uma cara de pato: “Eu? Doente? Eu é que sou doente???? Pois tu deve ter medo até de suor...” Ela riu, debochada: “Suor? Eu não suo...” Ele ficou verdadeiramente surpreso: “Não sua?!?!?!” Ela teve raiva: “Ora, claro não!!!!” Ele riu: “Como não?!?!?!” Ela teve mais raiva ainda: “Como assim ‘como não?’?” Ele foi insistente: “Ué! Como não sua?!?!?!?!”

Etc.